Operação da PF revela minuta de golpe e resulta na prisão de aliados de Bolsonaro
Nesta quinta-feira, 8, a Polícia Federal encontrou na sede do Partido Liberal (PL) em Brasília, na sala anteriormente utilizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, um documento que se assemelha a uma minuta de golpe. O texto continha supostas justificativas para decretar um “estado de sítio” no país. Nas redes sociais, o advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, comentou sobre o assunto, afirmando que o documento é apócrifo e não reflete o estilo de comunicação típico do presidente. Ele também enfatizou que o conteúdo do texto exigiria ações coordenadas com outros poderes, e destacou que Bolsonaro não concorda com tais propostas políticas.
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Em 2023, uma situação semelhante ocorreu quando uma minuta de golpe, contendo diretrizes para influenciar o resultado das eleições, foi encontrada na residência do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres. O documento visava a implementação de estados de defesa nas instalações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No mesmo dia, conforme noticiado pela Jovem Pan, a Polícia Federal realizou a Operação Tempus Veritatis, resultando na prisão de dois aliados do ex-presidente Bolsonaro. A operação tem como objetivo desmantelar uma suposta organização criminosa que teria atuado para manter Bolsonaro no poder através de um golpe de Estado e na subversão do Estado Democrático de Direito. Em um relatório encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, a PF revelou que Bolsonaro recebeu uma minuta de decreto para executar um golpe de Estado, envolvendo a prisão de autoridades. A primeira versão do documento incluía os ministros do STF, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e previa a realização de novas eleições. Segundo a investigação, a minuta detalhava supostas interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo e foi entregue pelos assessores Filipe Martins e Amauri Feres Saad.
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