Medida ocorre em meio a operação da PF sobre suposta tentativa de golpe
A defesa de Jair Bolsonaro (PL) entregou o passaporte do ex-presidente durante a manhã em Brasília. A ordem de apreensão foi emitida pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, como parte da operação da PF (Polícia Federal) que investiga uma suposta organização criminosa envolvida em uma tentativa de golpe de Estado e na subversão do Estado Democrático de Direito, visando obter vantagens políticas para manter o então presidente da República no poder.
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Agentes da PF foram até a residência do ex-presidente em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, onde apreenderam o celular de Tércio Arnaud, um de seus ex-assessores. Os agentes comunicaram sobre a ordem de apreensão do passaporte, que não foi encontrado na residência.
Em entrevista o ex-presidente comentou sobre a operação e reiterou que se sente “perseguido”. Sem mencionar o nome de Moraes, ele afirmou que “alguém está tentando justificar o que ele acredita, que houve uma tentativa de golpe”.
Além de Bolsonaro, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e os ex-ministros Braga Netto (Casa Civil), Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (GSI) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) são alvo da operação.
Ao todo, estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, incluindo a proibição de contato com os demais investigados, a proibição de sair do país, com entrega dos passaportes em até 24 horas, e a suspensão do exercício de funções públicas.
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