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Eleitores da Venezuela aprovam em referendo criação de um novo estado em Essequibo, na Guiana

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Resultado expressivo reflete a busca venezuelana pela incorporação de Essequibo, enquanto Guiana contesta decisão em referendo histórico.

A notícia relata os resultados de um referendo na Venezuela sobre a reivindicação do território de Essequibo, disputado com a Guiana. Mais de 95% dos eleitores que participaram apoiaram a proposta de criar uma província nesta região rica em petróleo. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, comemorou a “vitória esmagadora do ‘Sim'” diante de uma multidão em Caracas.

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O presidente da Guiana, Irfaan Ali, denunciou o referendo como uma “ameaça”, mas afirmou que seus compatriotas não tinham “nada a temer”. A Guiana considera o referendo “provocativo, ilegal, inválido e sem efeito legal internacional” e mantém a validade do Laudo Arbitral de 1899, que estabeleceu a atual fronteira.

A Venezuela argumenta que o rio Essequibo é a fronteira natural com a Guiana, apelando ao Acordo de Genebra de 1966. O referendo também incluiu questões sobre a rejeição ao laudo de Paris e à jurisdição da Corte Internacional de Justiça (CIJ), o apoio ao Acordo de Genebra e a oposição ao uso pela Guiana das águas marítimas de Essequibo.

Apesar dos resultados esmagadoramente favoráveis, a Guiana mantém sua posição e busca ratificar o Laudo Arbitral de 1899 na CIJ. O território em questão, Essequibo, possui vastas reservas de petróleo descobertas em 2015, intensificando a disputa.

O texto também menciona controvérsias em relação aos números divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral venezuelano, suscitando dúvidas sobre a taxa de participação. Líderes da oposição acusam uma tentativa de disfarçar uma participação “pequena”.

Além disso, destaca-se um vídeo divulgado por autoridades venezuelanas mostrando a substituição de uma bandeira da Guiana por uma da Venezuela, considerado “falso” pelo comandante do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiana.

A reivindicação da Venezuela sobre Essequibo intensificou-se com a descoberta de petróleo na região em 2015. A notícia inclui também manifestações na Guiana, onde os habitantes expressam seu apoio à integridade territorial.

O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva pediu “bom senso” na disputa e expressou a esperança de que a região não entre em conflito.

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