portal imparcial

Brasil reforça presença militar na fronteira norte em meio a tensões entre Venezuela e Guiana

militares-veene-8872
COMPARTILHAR:

Brasil acompanha tensões na fronteira norte e defende solução pacífica para disputa territorial entre Venezuela e Guiana

Em resposta ao aumento das tensões entre a Venezuela e a Guiana, o Brasil intensificou sua presença militar na fronteira norte do país. Os venezuelanos participam de um referendo neste domingo (3) para decidir sobre os direitos da Venezuela sobre a região de Essequibo, que abrange cerca de dois terços do território atual da antiga colônia inglesa.

Veja também
Javier Milei planeja conter inflação, dolarizar a economia e fechar o Banco Central

O Ministério da Defesa, em comunicado, informou que tem monitorado a situação e que “ações de defesa foram intensificadas na região da fronteira ao Norte do país, promovendo uma presença militar mais robusta.”

A disputa pelo território de 160 mil km², com uma população de 120 mil pessoas, remonta a 1899, quando foi concedido à Grã-Bretanha, então controladora da Guiana. A Venezuela nunca reconheceu essa decisão, considerando a região como “em disputa”. Em 1966, as Nações Unidas intermediaram o Acordo de Genebra, estabelecendo que a região ainda está “por negociar”. Estima-se que a área contenha bilhões de barris de petróleo.

A secretária de América Latina e Caribe do Itamaraty, embaixadora Gisela Maria Figueiredo Padovan, expressou preocupação com a situação, destacando o esforço do Brasil para manter a região como um ambiente de paz e cooperação na América do Sul. A diplomacia brasileira advoga por uma solução dialogada, seja por meio de negociações bilaterais ou pela Corte Internacional de Justiça (CIJ), que afirmou ter jurisdição sobre o caso em abril deste ano.

Guiana buscou uma liminar na CIJ para suspender o referendo de domingo (3), mas a Venezuela não reconhece a jurisdição da CIJ neste caso, citando o Acordo de Genebra de 1966 como o único instrumento válido para resolver a controvérsia.

Em setembro deste ano, a Venezuela protestou contra uma rodada de licitações de petróleo realizada pela Guiana, alegando que as áreas marítimas em questão, destinadas à exploração por multinacionais como Exxon Mobil (EUA) e TotalEnergies (França), são objeto da disputa entre os países.

Mais sobre Notícia Internacional acesse Imparcial internacional

Com informações da Agência Brasil

OUTRAS NOTÍCIAS