portal imparcial

Acordo de Cessar-Fogo: Hamas e Israel estabelecem trégua e troca de prisioneiros

w980-p16x9-2023-10-23T070747Z_555660225_RC24Y3AZBGJP_RTRMADP_3_ISRAEL-PALESTINIANS
COMPARTILHAR:

Após negociações intensas, acordo entre Hamas e Israel estabelece pausa nos conflitos e troca de prisioneiros em Gaza.

O grupo islamista Hamas anunciou hoje (22) que uma trégua de quatro dias, negociada com Israel em troca da libertação de 50 reféns, entrará em vigor às 10h locais de quinta-feira (5h em Brasília).

Veja também
Brics apela por ‘trégua imediata e duradoura’ em Gaza em meio às tensões

Musa Abou Marzouk, membro sênior da ala política do Hamas, declarou à Al Jazeera que “a trégua na Faixa de Gaza começará às 10h de amanhã [quinta-feira]”. Ele adiantou que o Hamas está disposto a um cessar-fogo global e à troca de prisioneiros, destacando que a maioria dos reféns, capturados durante os ataques de 7 de outubro, são estrangeiros.

Reféns

Após seis semanas de conflito no Oriente Médio, Israel e o Hamas chegaram a um acordo. O grupo extremista comprometeu-se a liberar pelo menos 50 reféns em Gaza. Em contrapartida, Israel libertará 150 palestinos da prisão, cessará os bombardeios no sul de Gaza por quatro dias e permitirá a entrada de ajuda humanitária na região.

Apesar do acordo para a libertação de 150 palestinos, a lista divulgada pelo Ministério da Justiça de Israel inclui 300 nomes, proporcionando ao Hamas a opção de libertar mais reféns em troca de prisioneiros adicionais. Os cidadãos israelenses têm um dia para contestar a decisão do tribunal.

Dentre os 300 nomes da lista, 123 são menores, incluindo cinco de 14 anos detidos por crimes que variam de atear fogo a lançar bombas.

Misoun Mussa, condenada em 2015 a 15 anos de prisão por esfaquear um soldado israelense em Jerusalém, e Marah Bakeer, detida no mesmo ano por esfaquear um agente da polícia fronteiriça e sentenciada a oito anos e meio de prisão, são duas das palestinas na lista.

O Haaretz também destaca o caso de Asra Jabas, que explodiu um depósito de combustível, ferindo um policial. A mulher mais velha da lista, com 59 anos, está detida por crimes relacionados à segurança. Samira Harbawi, de 53 anos, foi presa por “danos físicos graves” a terceiros e por “transporte e fabricação” de armas brancas.

Condenados por homicídio excluídos da lista

Israel recusou-se a libertar prisioneiros condenados por homicídio, mas concordou em liberar os condenados por tentativa de homicídio e atividades terroristas, além de crimes menos graves como danos a propriedades, interferência na atividade policial, reuniões ilegais, ataques a policiais, posse de armas e explosivos.

De acordo com o Haaretz, os prisioneiros palestinos são membros de grupos como Hamas, Fatah, Jihad Islâmica e Frente Popular, embora muitos deles tenham agido de forma independente. Vários detidos ainda aguardam julgamento.

Alguns dos 300 incluídos na lista residem em Jerusalém e possuem carteiras de identidade israelenses.

O governo de Israel determinou que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa Yoav Gallant e o líder da oposição Benny Gantz decidirão quais prisioneiros serão libertados em cada fase. Também estão encarregados de definir a data para o término do cessar-fogo, desde que não ultrapasse os dez dias.

Mais sobre Notícia Internacional acesse Imparcial internacional

 

OUTRAS NOTÍCIAS