Lula nega erro sobre IOF e diz que governo anunciará novo pacote fiscal antes de viagem à França

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Após pressão do Congresso, presidente afirma que proposta será pactuada com líderes políticos; Haddad destaca reunião “decisiva” para definir alternativas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (3) que não houve erro do governo ao propor o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) como forma de compensar a desoneração da folha de pagamento. Segundo ele, a medida foi apresentada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em resposta à exigência do Supremo Tribunal Federal (STF) por uma solução rápida.

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“Quando aprovaram a desoneração, já sabiam que havia uma decisão da Suprema Corte exigindo compensação. O Haddad, no afã de dar uma resposta rápida à sociedade, apresentou uma proposta. Agora, se há outras possibilidades, estamos discutindo”, disse Lula durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

O presidente adiantou que o novo pacote fiscal pode ser anunciado ainda hoje, antes de sua viagem oficial a Paris. Lula afirmou que a proposta já foi debatida com os presidentes da Câmara e do Senado e depende apenas de consenso com os líderes partidários. Um almoço com todos os envolvidos está marcado para esta terça-feira, na residência oficial do presidente.

A proposta inicial, que previa a elevação do IOF até 2027, sofreu forte rejeição do Congresso. Diante da repercussão, o governo ganhou um prazo de dez dias para apresentar uma alternativa. O conteúdo do novo pacote fiscal segue em sigilo.

O ministro Fernando Haddad classificou como “decisiva” a reunião realizada na segunda-feira (2) com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre. Segundo ele, houve acolhimento das sugestões apresentadas por técnicos da Fazenda e da Casa Civil.

“Tive uma reunião que há muito tempo não tínhamos, uma reunião decisiva, para colocar mais ordem no que precisa organizar, sem prejudicar a população, respeitando os direitos, mas avançando na estabilidade macroeconômica”, declarou Haddad.

O ministro afirmou ainda que as propostas em discussão podem ter um impacto positivo nas contas públicas e que a reunião com o presidente Lula nesta terça-feira será produtiva para concluir os detalhes finais.

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