Em meio a tensão com o Congresso, Lula elogia Hugo Motta: “Estão surgindo coisas boas”

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe os novos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (D) e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (E) | Sérgio Lima/Poder360 - 03.fev.2025
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Em evento do PSB, presidente sinaliza abertura ao diálogo com Hugo Motta e defende articulação entre Executivo e Congresso após impasse sobre aumento do IOF.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou positivamente neste domingo (1) o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), classificando sua atuação como um sinal de renovação no cenário político brasileiro. A declaração foi feita durante a convenção nacional do PSB, realizada na capital federal.

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“Independentemente do seu partido, a forma como você se comporta e o fato de ter sido eleito presidente da Câmara demonstram que, mesmo em meio a tantos momentos difíceis, começam a surgir coisas boas”, afirmou Lula, em tom de conciliação.

O presidente ainda reforçou que as siglas de esquerda estão dispostas ao diálogo com Motta, mesmo com diferenças ideológicas. “Quero que saiba que os partidos de esquerda deste país vão tratá-lo com respeito, como talvez nunca se tenha tratado um presidente da Câmara vindo de um partido diferente”, acrescentou.

As falas de Lula ocorrem em um momento de atrito entre o Executivo e o Congresso, especialmente após o anúncio de possível aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A medida gerou forte resistência entre parlamentares.

Na última quinta-feira (29), Hugo Motta afirmou que, junto com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), foi acordado um prazo de dez dias para que a equipe econômica apresente uma alternativa viável ao reajuste do imposto. Motta defendeu uma proposta “sólida e sem improvisos fiscais apenas para elevar a arrecadação”.

Durante o evento, Lula também defendeu maior articulação entre o governo federal e o Legislativo, reforçando que é essencial construir consensos antes do envio de propostas ao Congresso. “O Executivo precisa aprender que dialogar antes é tão importante quanto propor”, disse.

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