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Deputado Carlos Jordy envolvido em investigação da PF por suposto papel em atos antidemocráticos no RJ

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Polícia Federal identifica mensagens entre Carlos Jordy e líder de atos antidemocráticos, levantando suspeitas sobre a participação do deputado na organização de manifestações no Rio de Janeiro

Mensagens trocadas entre o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) e um líder associado a movimentos antidemocráticos levaram a Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) a identificar indícios de participação do congressista na organização e planejamento de manifestações no Rio de Janeiro.

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Os investigadores perceberam que Jordy tinha influência significativa para ordenar movimentações antidemocráticas, seja por meio das redes sociais ou ao instigar a militância local.

Em um diálogo datado de 1º de novembro de 2022, Jordy trocou mensagens com Carlos Victor de Carvalho, considerado líder de extrema-direita em Campos dos Goytacazes (RJ) e organizador dos protestos. Na conversa, Carvalho se refere a Jordy como “meu líder” e busca orientação sobre interromper as atividades.

CVC: Bom dia, meu líder. Qual direcionamento você pode me dar? Tem poder de parar tudo.

JORDY: “Fala irmão, beleza? Está podendo falar aí?

CVC: Posso irmão. Quando quiser pode me ligar.

A PF destacou que, na data da conversa, já ocorriam bloqueios de rodovias pelo país em protesto à vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL). O segundo turno do pleito havia acontecido dois dias antes, em 30 de outubro.

A PF ressaltou que “levanta fortes suspeitas da participação de CARLOS JORDY nos atos que aqui ocorreram”. A corporação vê uma “forte ligação” entre o deputado e Carlos Victor de Carvalho, evidenciada pela frequência do contato entre ambos.

O deputado Carlos Jordy defendeu-se nas redes sociais, alegando perseguição e negando envolvimento na incitação aos atos de 8 de janeiro. Ele criticou a operação da PF como uma “piada” e argumentou que se trata de uma tentativa de intimidação e perseguição política. Jordy afirmou que não participou dos acampamentos e que não apoiou nenhum ato antes ou depois de 8 de janeiro.

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