Deputada anunciou que está na Europa e se afastará do cargo; ela foi condenada a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do CNJ
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) anunciou nesta terça-feira (3) que deixou o Brasil e que vai pedir licença do mandato na Câmara dos Deputados. A parlamentar afirmou, em transmissão ao vivo no YouTube, que está fora do país “há alguns dias” e que pretende se estabelecer na Europa.
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A saída de Zambelli ocorre 20 dias após o Supremo Tribunal Federal (STF) condená-la a 10 anos e 8 meses de prisão pela invasão aos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A deputada foi considerada culpada pelos crimes de associação criminosa, invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.
“Eu vim, a princípio, buscando tratamento médico que eu já fazia aqui e, agora, eu vou pedir para que eu possa me afastar do cargo”, disse Zambelli. Ela também citou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que recentemente se licenciou do cargo e viajou para fora do país: “Tem essa possibilidade da Constituição, acho que as pessoas conhecem um pouco mais essa possibilidade hoje em dia”.
Zambelli chegou a ter o passaporte apreendido em agosto de 2023 por ordem do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, mas o documento foi devolvido posteriormente, o que permitiu sua saída legal do país. Mesmo assim, a nova movimentação pode levar o Supremo a impor novas medidas cautelares, como uma nova retenção do passaporte.
Com a condenação, a deputada também está sob risco de perder o mandato e de se tornar inelegível por oito anos. Essa inelegibilidade passará a valer após a publicação da decisão e começará a ser contada apenas depois do cumprimento da pena, o que pode tirá-la da vida pública por ao menos 18 anos.
Zambelli ainda pode apresentar recursos, chamados embargos de declaração, mas a pena pode começar a ser executada assim que esses recursos forem julgados e rejeitados pelo STF.
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