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‘Abin Paralela’: PF aponta evidências de compartilhamento de informações com Bolsonaro

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Polícia Federal investiga suspeitas de conexão entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin)

A Polícia Federal investiga indícios de que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha conhecimento das informações obtidas por meio de um esquema de espionagem ilegal na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante a gestão do ex-diretor Alexandre Ramagem.

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Esses indícios foram apresentados à PGR (Procuradoria-Geral da República) e ao STF (Supremo Tribunal Federal) e serão examinados mais detalhadamente nas próximas diligências, com novos materiais obtidos nas buscas contra Ramagem e o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do ex-presidente.

Segundo a investigação da PF, até o momento, os indícios sugerem que documentos e dossiês fabricados no esquema ilegal de espionagem da Abin paralela eram impressos e entregues ao Palácio do Planalto durante a gestão Bolsonaro.

Essas novas informações da PF se somam às evidências apuradas em outro inquérito, desta vez sobre possíveis interferências indevidas de Bolsonaro na Polícia Federal durante seu governo.

Contexto: As investigações da PF abordam uma suposta organização criminosa que teria se infiltrado na Abin durante o governo Bolsonaro. Inicialmente, as investigações focaram no deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Carlos Bolsonaro.

Denúncias indicam o monitoramento ilegal de autoridades públicas e outros cidadãos, utilizando de maneira ilegal um sistema para rastrear a localização de dispositivos móveis, como celulares, sem autorização judicial.

O software First Mile é o sistema em questão, adquirido durante a gestão de Ramagem na Abin. Esses monitoramentos ilegais teriam sido realizados para benefício pessoal dos envolvidos.

Na semana passada, a PF cumpriu 21 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares, como a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais.

“A partir das diligências executadas pela Polícia Federal, as provas obtidas indicam que o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na ABIN e utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal”, afirma a PF.

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