Trump quer taxar filmes estrangeiros em 100% para “proteger Hollywood”

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Ex-presidente dos EUA propõe tarifa radical sobre produções estrangeiras; medida pode encarecer ingressos e provocar retaliações comerciais

Em uma proposta que mistura protecionismo econômico e nacionalismo cultural, o ex-presidente dos EUA e candidato à reeleição Donald Trump anunciou planos para impor uma tarifa de 100% sobre filmes estrangeiros exibidos no país. A medida, que faz parte de sua campanha eleitoral sob o slogan “America First”, tem como objetivo fortalecer a indústria cinematográfica americana, mas especialistas alertam para possíveis retaliações e impactos negativos no mercado global de entretenimento.

Por que Trump quer essa tarifa?

Trump argumenta que Hollywood enfrenta concorrência desleal de produções estrangeiras, especialmente de países como China, Índia e Coreia do Sul, cujos filmes – como “Parasita” (vencedor do Oscar) e blockbusters indianos como “RRR” – têm conquistado o público americano. A taxação forçaria estúdios internacionais a pagarem o equivalente ao valor do filme para exibi-lo nos EUA, tornando sua distribuição muito mais cara.

Possíveis consequências

  • Retaliações comerciais: Países como China e Índia, grandes mercados para Hollywood, podem responder com tarifas sobre filmes americanos, prejudicando um setor que depende de bilheterias internacionais.

  • Ingressos mais caros: Se as salas de cinema repassarem o custo, filmes estrangeiros podem ter preços elevados, reduzindo o acesso do público.

  • Impacto cultural: A medida é vista como uma forma de limitar a diversidade cultural nos EUA, onde filmes estrangeiros já têm espaço restrito.

Viabilidade política

A proposta ainda depende da eleição de Trump em novembro de 2024 e da aprovação do Congresso, onde enfrentaria resistência de democratas e até mesmo de republicanos ligados ao entretenimento. Analistas duvidam que a medida seja implementada em sua forma atual, mas ela reforça o discurso de Trump como defensor da indústria americana.

Enquanto isso, o debate sobre protecionismo versus globalização no cinema deve se intensificar, com artistas e economistas divididos sobre os riscos e benefícios da ideia.

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