EUA impõem tarifas de 145% sobre produtos chineses e intensificam guerra comercial

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Medida inclui sobretaxa contra fentanil e amplia tensão com a China, que reage com tarifas de 84%; Europa adota tom cauteloso e adia retaliações

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (10) um novo pacote tarifário contra a China, elevando as tarifas de importação para até 145% sobre diversos produtos chineses. A medida é composta por uma tarifa “recíproca” de 125%, somada a uma sobretaxa de 20% relacionada ao combate ao tráfico de fentanil, uma substância sintética que tem causado uma crise de saúde pública nos EUA.

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A decisão marca um novo capítulo na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, reacendendo tensões que haviam se amenizado nos últimos anos. A China respondeu rapidamente, impondo tarifas de 84% sobre produtos norte-americanos, ampliando o impasse e dificultando qualquer avanço em negociações bilaterais.

O presidente Donald Trump justificou a medida como uma ação para proteger a indústria americana e responder a práticas comerciais que considera injustas, como o roubo de propriedade intelectual e o uso de subsídios por parte de Pequim.

Além das tarifas contra a China, o governo norte-americano suspendeu por 90 dias a aplicação de uma tarifa universal de 10% para outros parceiros comerciais. A medida busca abrir espaço para negociações com aliados e evitar o isolamento diplomático, ao mesmo tempo em que mantém pressão sobre o governo chinês.

A União Europeia, por sua vez, adotou uma postura cautelosa. O bloco adiou por 90 dias a aplicação de suas tarifas retaliatórias contra os EUA, sinalizando disposição para o diálogo e tentando conter uma escalada mais ampla nas tensões comerciais globais.

Especialistas alertam que o endurecimento nas tarifas pode afetar cadeias de suprimentos internacionais e provocar instabilidade nos mercados financeiros. A expectativa agora gira em torno de possíveis negociações ou de uma nova rodada de retaliações entre as potências.

A guerra comercial, que parecia contida nos últimos anos, volta a ocupar o centro das atenções da economia global — com consequências que podem ir muito além das fronteiras dos dois países envolvidos.

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