Funkeiro foi preso por apologia ao crime e associação ao tráfico; imagens da abordagem e acusações de perseguição despertaram indignação e protestos na web
A prisão do funkeiro MC Poze do Rodo, realizada na madrugada desta quinta-feira (29) no Rio de Janeiro, provocou forte repercussão nas redes sociais e no meio artístico. Acusado de apologia ao crime e associação para o tráfico de drogas, Poze foi detido por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) em sua casa, no Recreio dos Bandeirantes.
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A operação também resultou na apreensão de uma BMW X6 e joias do cantor. Levado à Cidade da Polícia, ele foi transferido posteriormente para a Polinter. Em breve declaração à imprensa, afirmou estar sendo perseguido e garantiu que não há provas contra ele.
Imagens do momento da prisão, em que MC Poze aparece descalço, algemado e sem camisa, geraram revolta entre seguidores e fãs. Muitos apontaram o tratamento como desnecessariamente humilhante e um exemplo de criminalização da cultura periférica. A hashtag #JustiçaPorPoze chegou a figurar entre os assuntos mais comentados da internet.
Diversos artistas saíram em defesa do cantor. MC Cabelinho questionou: “Na novela é arte, no funk é apologia?”, em crítica ao que considera um tratamento desigual. MC Daniel também se manifestou, ironizando a abordagem: “Parece que foi ele quem roubou o INSS”. A deputada estadual Erika Hilton (PSOL-SP) pediu atenção ao caso e reforçou que a liberdade de expressão artística não pode ser confundida com apologia ao crime.
A defesa de MC Poze sustenta que ele está sendo vítima de perseguição e que a prisão temporária é uma tentativa de criminalizar a profissão artística. O caso reacende o debate sobre o papel do funk na sociedade e os limites da liberdade de expressão frente à atuação do Judiciário.
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