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Brasilienses buscam moradias mais acessíveis no Entorno devido ao alto custo dos imóveis na capital

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Brasília é a sexta capital com imóveis mais caros do país.

A busca por moradias mais acessíveis nas cidades de Goiás tem crescido, impulsionada pelo alto custo dos imóveis em Brasília, que é a sexta capital com os imóveis mais caros do país, segundo o Índice Fipe ZAP divulgado pelo DataZAP em fevereiro. A escassez de ofertas e a esperança pela nova lei de parcelamento do solo são apontadas como desafios pelo setor imobiliário.

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Segundo especialistas o elevado preço dos imóveis em Brasília está relacionado à grande procura, à condição de capital federal e à disponibilidade limitada de terrenos para incorporação. Com a maioria dos terrenos pertencentes ao Governo do Distrito Federal (GDF) e necessitando de liberação para projetos, a oferta é restrita, gerando uma demanda intensa que impulsiona os preços.

Como resultado, as cidades do Entorno têm se tornado opções procuradas pelos brasilienses em busca de preços mais acessíveis. Cidades como Luziânia e Valparaíso de Goiás oferecem valores mais baixos, em torno de R$ 6 mil o metrô quadrado para imóveis de médio e alto padrão.

O aumento da população em Valparaíso, por exemplo, é evidenciado pelo crescimento de 51,68% entre 2010 e 2022, segundo o IBGE. Casais como Renato Ribeiro e Rafaela Rocha optaram por investir em moradias nessas regiões do Entorno, buscando economia sem comprometer a qualidade de vida.

A mudança para cidades como Águas Lindas de Goiás também se destaca, evidenciando a tendência de buscar alternativas mais econômicas mesmo diante dos desafios de mobilidade. O coordenador de graduação em economia, Riezo Almeida, ressalta que os preços elevados dos imóveis no DF estão direcionando parte da população para o Entorno, em busca de um equilíbrio entre custo, qualidade de vida e oportunidades.

A expectativa do setor imobiliário é que uma nova lei de parcelamento do solo, prevista para entrar em vigor em breve, traga mudanças significativas. O presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), Roberto Botelho, destaca que essa legislação abrirá caminho para oferecer lotes com preços condizentes às faixas de renda da população local, proporcionando opções mais acessíveis dentro do Distrito Federal. A normatização e detalhamento dessa lei são esperados para este mês, e acredita-se que representarão um divisor de águas para o mercado imobiliário na região.

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