Investigação revela superfaturamento de R$ 964 mil e envolvimento de empresários e servidores
Na manhã desta quinta-feira (8/5), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deu um importante passo no combate à corrupção. Agentes da 18ª Delegacia de Polícia cumpriram mandados de busca e apreensão em Brazlândia e Taguatinga para desarticular um esquema criminoso que fraudava licitações de escolas públicas.
Denúncia anônima revelou fraude milionária
Tudo começou com uma simples denúncia anônima recebida há cerca de um ano. A partir dela, os investigadores descobriram um esquema bem armado: um casal de empresários e uma funcionária pública teriam criado empresas de fachada para simular concorrência em licitações de serviços escolares.
Na prática, era tudo combinado. As mesmas empresas – controladas pelo grupo – sempre “venciam” as licitações, superfaturando serviços e desviando dinheiro público. Ao todo, foram 113 contratos fraudulentos, somando R$ 964 mil em prejuízo aos cofres públicos.
Como o golpe funcionava?
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Empresas de fachada: Os investigados criaram várias empresas no papel, sem sede real, só para participar das licitações.
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Concorrência falsa: Essas empresas “disputavam” entre si, mas sempre uma delas – ligada ao grupo – ganhava.
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Superfaturamento: Os serviços eram cobrados muito acima do valor real, e a diferença sumia no bolso dos envolvidos.
Servidores públicos sob suspeita
A investigação também aponta que alguns gestores escolares podem estar envolvidos. Um ex-diretor de escola teria recebido dinheiro de uma das empresas investigadas, enquanto seu sucessor no cargo seria o verdadeiro dono de outra empresa que fechou vários contratos com o governo.
Operação ainda está em andamento
A ação desta quinta-feira é só o começo. Os policiais apreenderam documentos e computadores que podem revelar mais nomes ligados ao esquema. A PCDF já adiantou que esse caso tem ligação com a Operação Colombo, que investiga corrupção e lavagem de dinheiro em Brazlândia.
E agora?
Os investigados podem responder por fraude em licitação, formação de quadrilha e corrupção. Enquanto a polícia corre atrás de mais provas, a população fica com a pergunta: quantos esquemas como esse ainda existem por aí?
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Por: Jefferson Rodrigues / DRT-0014025/DF
Foto: Correios Brasilense