Com seu nariz de panfletos, o Pinóquio brasiliense segue mergulhado na desinformação
No último sábado (26/04), o pré-candidato ao Governo do Distrito Federal, Ricardo Cappelli (PSB-DF), reacendeu a tensão política ao visitar a Cidade Estrutural. Com panfletos em mãos e discursos inflamados, o ex-interventor da Segurança Pública do DF tentou se apresentar como defensor da comunidade local, mas acabou se envolvendo em uma nova onda de controvérsias, marcada por acusações de desinformação e oportunismo eleitoral.
Veja Também
O ataque hipócrita da esquerda brasiliense ao BRB
Capelli alegou ter vivido em Santa Luzia e afirmou que os investimentos de R$ 80 milhões anunciados para a urbanização da região seriam fruto de verbas liberadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo Lula. A narrativa, no entanto, foi rapidamente desmentida por fontes oficiais e pela própria população local, que não reconhece Capelli como morador da área.
A origem dos recursos: realidade x narrativa
Diferente do que o pré-candidato propagou, os recursos destinados à urbanização de Santa Luzia foram obtidos pelo Governo do Distrito Federal junto ao Banco Itaú, por meio de financiamento garantido exclusivamente pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). Não houve repasse direto da União ou liberação específica via PAC para esta obra.
Em 3 de abril, o governador Ibaneis Rocha esteve pessoalmente na Estrutural para assinar o contrato de financiamento, destacando, sim, o suporte institucional do PAC ao projeto. Durante a cerimônia, Ibaneis reconheceu publicamente o apoio federal, mas ressaltou que a operação de crédito foi viabilizada por mérito e esforço próprios do GDF, sem intervenção direta de recursos da União.
Panfletagem vazia e oportunismo eleitoral
A visita de Cappelli à Estrutural, descrita por testemunhas como “solitária”, serviu mais para criar registros de campanha do que para promover diálogo real com a comunidade. Mesmo munido de panfletos e vídeos promocionais exaltando o governo federal, o pré-candidato não conseguiu mobilizar a população local. As cenas de ruas vazias e a ausência de apoio popular expuseram o despreparo e o descolamento de Capelli da realidade vivida pelos moradores.
Veja Também
Izalci Lucas, o camisa 13 da esquerda brasiliense
O ato, carregado de críticas ao governador Ibaneis e enaltecimento ao presidente Lula, gerou questionamentos sobre a legalidade da propaganda política em período pré-eleitoral, além de levantar suspeitas sobre o financiamento dessas ações promocionais.
Histórico questionável e falta de enraizamento no DF
Ricardo Cappelli, que ganhou notoriedade como braço-direito de Flávio Dino no Maranhão e posteriormente como interventor no DF, carrega um histórico de cargos públicos sem legado palpável de realizações. Seu desempenho como secretário de Comunicação no Maranhão foi marcado mais pela propaganda do que por entregas concretas, o que reforça a percepção de que seu perfil político é mais afeito a campanhas midiáticas do que a resultados efetivos.
A tentativa de Capelli de se apresentar como representante legítimo da comunidade de Santa Luzia foi recebida com descrença. A falta de vínculos reais com a região e a divulgação de informações imprecisas minaram ainda mais sua imagem junto ao eleitorado, já desconfiado diante da proliferação de “salvadores da pátria” em ano pré-eleitoral.
Conclusão: Brasília tem memória e discernimento
O episódio na Estrutural reforça que, apesar dos esforços de marketing e da estratégia de vitimização, o eleitor do Distrito Federal está cada vez mais atento às tentativas de manipulação política. A urbanização de Santa Luzia é uma realidade em curso, sustentada por contratos públicos e por ações concretas do governo local, independentemente de disputas narrativas.
A comunidade brasiliense, como já mostrou em pleitos recentes, sabe distinguir entre promessas vazias e trabalho efetivo. Ao que tudo indica, para quem busca espaço na política do DF, a verdade, e não o teatro, seguirá sendo a melhor estratégia.
Veja Também
Imparcial com o Comandante Felício