Com protocolos clínicos eficientes, emergencistas reforçam a qualidade do cuidado nas áreas críticas da rede pública
Médicos especializados em medicina de emergência – os emergencistas – vêm transformando o atendimento de pacientes graves no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Com respostas rápidas e intervenções precisas, esses profissionais são fundamentais na linha de frente, aplicando protocolos clínicos consolidados para garantir agilidade e segurança na assistência.
Veja também
Vacinação e suporte do Samu garantem segurança durante Pentecostes
A presença dos emergencistas na rotina hospitalar é uma iniciativa do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) e faz parte do esforço para qualificar o atendimento nas áreas mais críticas da rede pública. Desde janeiro deste ano, o HBDF conta com pelo menos um desses especialistas de plantão 24 horas por dia, todos os dias da semana.
O trabalho contínuo tem feito diferença principalmente em setores como a Sala Vermelha, destinada aos casos mais graves. “O médico emergencista atua na linha de frente, prestando cuidados rápidos e decisivos a pacientes em situações críticas e potencialmente fatais, sempre com base em evidências e protocolos bem estabelecidos”, explica Túlio Cangussu da Matta, chefe do Serviço de Medicina de Emergência do HBDF.
Esses profissionais têm formação específica na área, com residência médica e Registro de Qualificação de Especialista (RQE). São capacitados para conduzir todo o processo: da estabilização inicial ao encaminhamento seguro do paciente, contribuindo para otimizar o fluxo interno do hospital.
Para o superintendente do HBDF, Edson Gonçalves, a presença dos emergencistas fortalece o compromisso da unidade com a segurança e a qualidade da assistência: “A medicina de emergência é essencial em hospitais de grande porte como o nosso. Com esses profissionais, conseguimos oferecer um atendimento mais resolutivo e eficiente à população”, destaca.
Cuidado rápido e preciso
Um dos emergencistas da equipe é Paulo Guilherme Santos, de 36 anos, que integra o time desde janeiro. Ele escolheu a especialidade pelo dinamismo e pela necessidade constante de decisões rápidas e procedimentos urgentes. “Atendemos todos os tipos de emergência – traumas, casos ortopédicos, obstétricos e pediátricos –, mas o foco principal é a clínica médica”, relata.
Entre as habilidades exigidas estão procedimentos de alta complexidade, como a intubação em pacientes com vias aéreas difíceis: “Precisamos estar preparados para manejar quadros extremamente agudos ou pacientes crônicos que descompensam de forma súbita”.
Mesmo com a rotina intensa, Paulo diz já ter se adaptado à imprevisibilidade da Sala Vermelha. “Fui da primeira turma de Medicina de Emergência de Brasília e fiz residência aqui no Hospital de Base. É no serviço público que enfrentamos casos de altíssima gravidade, situações que muitas vezes só vemos aqui”, destaca.
Segundo o especialista, a rapidez e a precisão são indispensáveis no dia a dia: “Realizamos muitos procedimentos que normalmente ficariam com a radiologia intervencionista, mas que, dada a urgência, precisam ser feitos na hora. Hoje mesmo, resolvemos dois casos complexos em cerca de 40 minutos, garantindo segurança e estabilidade aos pacientes”.
Mais notícias dessa categoria acesse Imparcial Brasília
*Com informações do IgesDF