Ação conjunta entre governo, prefeitura e forças de segurança diminui presença de dependentes nas ruas do centro da capital
A região da Cracolândia, no centro de São Paulo, registrou uma queda expressiva no número de usuários em situação de uso de drogas nas ruas — de quase 8 mil para cerca de 600 a 800 pessoas, segundo estimativa de Charles Resolve, presidente da Associação Geral do Centro.
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A mudança é atribuída a uma força-tarefa integrada entre o governo estadual, a prefeitura e as forças de segurança, que passaram a adotar estratégias mais amplas para enfrentar o problema. Entre as medidas estão o uso de cães farejadores, abordagens humanizadas e ações legais para coibir o tráfico e o consumo de drogas em espaços públicos.
Outro fator decisivo foi o desmantelamento da favela do Moinho, considerada um dos principais pontos de abastecimento da região. A operação provocou a dispersão dos usuários, que agora se concentram em pequenos grupos, dificultando a formação de novas aglomerações.
Para Charles, o problema da Cracolândia envolve três frentes principais: o tráfico de drogas, a ineficiência do poder público e da sociedade na abordagem do tema, e os desafios enfrentados após os tratamentos, quando muitos pacientes não conseguem retomar a vida fora da dependência.
O modelo adotado em São Paulo tem sido observado por gestores de outras cidades, que veem na experiência uma possível referência nacional no enfrentamento ao consumo de drogas em áreas urbanas.
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Com informações do R7