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Médicos atendem gratuitamente por chamada de vídeo pessoas com Covid-19

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Os médicos da Missão Covid já atenderam mais de 84 mil pacientes via chamada de vídeo pelo WhatsApp

Criada em março deste ano, a plataforma Missão Covid reúne médicos de todo o Brasil em consultas online e gratuitas para pacientes contaminados pelo vírus ou que suspeitam que estão infectados, e que não querem se expor a ambientes externos. No Ceará, 1.994 pessoas já foram atendidas pelo serviço. O Estado também conta com 41 profissionais de saúde voluntários trabalhando no site.

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O projeto não tem fins lucrativos e tem objetivo de promoção de saúde, de acordo com o líder de desenvolvimento, Júlio Sousa.

“A pessoa entra na plataforma, faz um cadastro bem breve e entra na fila de atendimento. Os médicos entram em contato, dão dicas, fazem o atendimento e informam se precisa encaminhar a pessoa para um pronto socorro”, explica.

O contato entre médico e paciente é feito via vídeochamada no WhatsApp. “É semelhante a uma consulta, a pessoa fala o que está sentindo e o médico vai saber se ela está ofegante ou com alguma expressão diferente”, conta Júlio. O atendimento virtual se enquadra no perfil da telemedicina, que, segundo o fundador do Missão Covid e cardiologista, Leandro Rubio, tem benefícios tanto para o paciente quanto para o sistema de saúde.

“A telemedicina torna o acesso a saúde, ao médico e ao enfermeiro mais democrático, mesmo as pessoas morando em regiões que têm poucos profissionais de saúde. Isso torna o custo desse atendimento melhor. A gente consegue evitar aglomerações, tornamos o sistema mais sustentável porque esses pacientes conseguem ser atendidos em casa. É ótimo para o paciente, torna muito conveniente para eles”, destaca. Leandro acrescenta que durante as consultas, não são receitados medicamentos de cura para a Covid-19, mas sim para o alívio dos sintomas.
A plataforma conta ao total com 1.330 médicos cadastrados – 999 ativos, ou seja, que atenderam pelo menos uma pessoa por mês – e mais de 84 mil pacientes, entre já atendidos e agendados, inclusive de brasileiros que residem em países na Europa, Ásia, Oriente Médio, África, Américas e Oceania.

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Atuante no Ceará há seis anos, Thais Moreno integra o time de médicos disponíveis para atendimento na plataforma desde o início da pandemia. Sobre sua experiência como voluntária, ela conta que a iniciativa possibilitou que a orientação médica chegasse a locais do País de difícil acesso.

“Eu vejo como uma oportunidade única de inclusão. A internet está disponível em muitos lugares do Brasil. Eu fiz atendimentos em muitos lugares que eu nunca tinha ouvido falar. Leva acesso a uma medicina de qualidade para qualquer lugar e você tem uma orientação a qualquer hora. O serviço funciona 24h, as vezes a noite demora mais um pouco a fila, mas o atendimento é realizado. Então você inclui pacientes que estejam em lugares que não tem o acesso fácil. Teve uma contribuição muito importante do Missão Covid com a população indígena, de acesso a essa orientação online. E para o médico é muito satisfatório você poder ajudar as pessoas nesse momento tão difícil”.
Para Júlio Sousa, o alcance do projeto conseguiu ultrapassar o seu objetivo inicial. “Foi muito gratificante ver tudo isso acontecendo em apenas 3 dias, o atendimento a milhares de pessoas todos os dias e temos um feedback muito bom dos usuários. Até pessoas da minha família já foram atendidas. Só de evitar que eles vão para um pronto socorro, não tem preço”, expressa.

A contribuição também é válida para os próprios profissionais. “O nosso projeto já viralizou várias vezes. Tem a participação dos pacientes para a avaliação e os médicos estão super satisfeitos, principalmente os médicos mais idosos, que estão no grupo de risco, eles conseguem cuidar dos pacientes de casa”, complementa Leandro.

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Moreno alerta ainda para o papel que cada cidadão pode exercer, respeitando as medidas de segurança contra o novo coronavírus. “A gente nunca pode deixar de trazer para a população a importância das medidas que são tão faladas, e que as vezes, parece que a gente esquece com a correria do dia-a-dia. Nós não lembramos com a frequência que lembrávamos a importância de manter o distanciamento social, fazer uma higiene adequada nas mãos e o uso da máscara. A gente não pode relaxar nas medidas de proteção”, conclui a médica.

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Com informações do Diário do Nordeste

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