Brasileiros em Gaza enfrentam condições precárias e eecebem auxílio humanitário da embaixada brasileira
Brasileiros aguardando a reabertura da fronteira com o Egito no sul da Faixa de Gaza receberam assistência da embaixada do Brasil nesta terça-feira (17) para a compra de água, alimentos e itens essenciais. Enquanto o grupo fazia compras, uma bomba caiu nas proximidades de um mercado.
Parte dos brasileiros está abrigada em uma residência alugada pela embaixada brasileira na cidade de Rafah, próxima à fronteira com o Egito.
Shahed Al-Banna, de 18 anos, agradeceu o apoio do povo brasileiro e da embaixada, destacando: “Queria agradecer muito o povo brasileiro. Todos que estão nos acompanhando pelas redes, pelo jornal, pelas notícias, pela internet, obrigada a todos por estar conosco, também à embaixada brasileira.” Ela está em Gaza há cerca de 1 ano e meio, desde que foi visitar a mãe que estava doente. Shahed filmou quando um explosivo caiu próximo ao supermercado, relatando o incidente.
O palestino naturalizado brasileiro Hasan Habee, de 30 anos, informou que a equipe da embaixada brasileira entregou alimentos e água na residência onde ele está hospedado, na cidade de Khan Yunis. Ele expressou sua gratidão: “Muito tempo a gente estava sem água para beber. Obrigado governo do Brasil, embaixador do Brasil, equipe da embaixada que conseguiu mandar pra nós a alimentação, bebida, bastante água, dá para bastantes dias. A gente estava louco para beber água boa.” Hasan Habee vive em São Paulo com a esposa e as duas filhas menores e foi a Gaza poucos dias antes do início dos ataques para visitar a família. Desde então, ele tem tentado deixar a região, relatando que os bombardeios continuam intensos.
O Ministério das Relações Exteriores informou que o escritório de representação do Brasil em Ramala, na Palestina, tem mantido contato direto com os brasileiros, fornecendo ajuda psicológica. O embaixador do Brasil no local, Alessandro Candeas, explicou que eles foram avisados de que estava começando a faltar água e alimentos e, em resposta, enviaram recursos para a compra de água, alimentos e remédios. Isso proporcionou mais tempo e tranquilidade até que a fronteira seja reaberta para a saída dos brasileiros.
A falta de água na Faixa de Gaza é uma preocupação crítica, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), pois coloca em risco a saúde da população. A população enfrenta escassez de água, eletricidade e alimentos, com a desativação da última central de dessalinização de água do mar em Gaza, o que agrava ainda mais a situação.
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