Brasil registra primeiro caso de gripe aviária em granja comercial

shutterstock_2089423060
COMPARTILHAR:

Foco foi detectado no Rio Grande do Sul; governo declara emergência zoossanitária e reforça que consumo de carne e ovos segue seguro

O Brasil confirmou, pela primeira vez, um caso de gripe aviária (influenza aviária de alta patogenicidade – IAAP) em uma granja comercial. O foco foi identificado em um matrizeiro — granja de produção de ovos férteis — no município de Montenegro, na região metropolitana de Porto Alegre (RS), segundo informou o Ministério da Agricultura nesta sexta-feira (16).

Veja também
Desmatamento cai em todos os biomas do Brasil em 2024, mas Cerrado lidera perdas de vegetação nativa

Com a detecção, o governo federal declarou estado de emergência zoossanitária em Montenegro por 60 dias. A medida abrange um raio de 10 quilômetros ao redor do foco. A pasta reforçou que estava em vigor uma emergência zoossanitária nacional, decretada em abril, válida por 180 dias após a confirmação de casos em aves silvestres.

O Ministério da Agricultura esclareceu que a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves e ovos. “A população pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo”, diz a nota. O risco de infecção humana é considerado baixo e ocorre principalmente entre pessoas com contato direto com aves doentes.

Desde 2023, o Brasil vinha registrando casos da doença em aves silvestres e de subsistência, mas esta é a primeira vez que um foco atinge o setor comercial. Até agora, o país contabiliza 166 focos — 163 em aves silvestres e três em produção caseira —, com outros três sob investigação.

O governo federal afirmou que iniciou as medidas previstas no Plano Nacional de Contingência para conter e erradicar o foco. “O objetivo é eliminar a doença e preservar a capacidade produtiva do setor, garantindo o abastecimento e a segurança alimentar”, afirmou o ministério.

As autoridades brasileiras também vão comunicar oficialmente o caso à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e aos parceiros comerciais do país.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV) afirmaram que estão apoiando os governos federal e estadual e que o caso é pontual. “A situação está sob controle e monitoramento dos órgãos competentes”, destacaram, reforçando que não risco para os consumidores.

Mais notícias dessa categoria acesse Imparcial Brasil

OUTRAS NOTÍCIAS