Olá leitora e leitor.
Bem-vindos à essa coluna e ao portal de notícias. Eu não ofereço muito, mas sempre contarão com a minha franqueza e sinceridade. Além disso, tem algo ainda mais importante, a coerência. Em um país entortado do eixo de valores, e com tantos falsos moralistas e vilões disfarçados de defensores da democracia e das minorias, a serenidade pode se perder, assim como a luz para toda essa escuridão.
A leitura torna cada um mais senhor de si, de sua comunidade e de suas ideias. O que um indivíduo pensa e sente é a maior riqueza que carrega consigo. Muitos não se lembrarão, eu fui preso em um avião por um Ministro do STF, sem crime, porque eu disse educadamente àquela autoridade que eu tinha vergonha do STF. Somos senhores para sentir e pensarmos o que quisermos e temos o direito e dever de expor, pois viver é a manifestação do que pensamos e sentimos. A condição da vida é se manifestar. E a condição para melhorar o país que vivemos é a crítica.
Ao que interessa, durante muitos anos o entorno do Distrito Federal foi tratado à margem, tanto pelos governos do DF, quanto pelo de Minas e Goiás e visto com desdém por muitas pessoas. O entorno era encarado como um problema e ferramenta de ganhos eleitorais. Ocorre que essa tríplice divisa é onde circula a população de um dos colégios eleitorais regionais mais importantes do país e a riqueza que gera é expressiva. Em muitos países desenvolvidos é nos arredores que estão as melhores estruturas para viver.
Entretanto, esse território ainda necessita se emancipar e para isso cada cidadão dessa terra deve ter noção de seu poder e o que significa o seu pedaço de chão para o Brasil e às suas cercanias. Ele deve aprender e exercitar a sua cidadania. Quando eu vim pela primeira vez a convite do Marcus Alexandre dar uma palestra em uma faculdade local, eu encontrei uma faculdade borbulhando de pessoas em um frenesi, agito, em torno de estudos e evolução individual. Aquilo me encantou.
O estudo é uma nobre escada, para uns o prêmio poderia ser ir para o miolo de uma Brasília ou Goiânia. Entretanto, o êxito último é construir algo melhor que essas cidades. E a construção do Novo Entorno se passa na transformação individual; no intercâmbio de ideias e notícias; no surgimento da cidadania; no sentimento de orgulho de uma gente.
Em 2015 o PIB total da Região Entorno / DF era de 239,8 bilhões (IBGE 2015). A informação é uma aliada para sermos senhores do tesouro que produzimos e para que ele possa ser desfrutado por todos. Toda conquista vem de luta e o que garante a vitória em batalhas é conhecer o adversário, suas fraquezas e grandezas. E na vida, nós somos os nossos maiores adversários. É conquistando os nossos preconceitos e decifrando a forma como a gente enxerga a nossa realidade que podemos modificar tudo.
A prosperidade do Centro Oeste está em nossas mãos e temos o dever de trazer riqueza, conhecimento e valores não apenas para as nossas famílias, mas especialmente para as nossas comunidades. E os problemas são inúmeros, desde grandes questões de infraestrutura até as pequenas como calçadas.
Vejo inúmeras localidades onde os habitantes e o poder público não se importam com calçadas. Se tornou comum construir edificações até o asfalto. Uma calçada pode parecer um detalhe desprezível, mas lembre-se que você não é um carro, é um ser humano. Que tipo de pessoa não gosta de caminhar com a família em tranquilidade e em um espaço amplo e adequado. É pela calçada e pelas praças que as comunidades evoluem. Como pensar grande se não damos valor ao mínimo? E justificar o errado porque todas as pessoas fazem errado é uma incoerência. E de incoerência em incoerência morre o futuro de uma nação.
Esse canal de comunicação vem em boa hora, pois é na leitura e interesse pelos acontecimentos, das distintas perspectivas, que a gente se engrandece. E nenhuma grandeza é verdadeira senão é acompanhada daquela de ajudar o próximo e a nossa comunidade.
O que você pensa sobre isso, deixe o seu comentário.
Obrigado pela leitura. Nós seremos companheiros de debates pelos próximos tempos e me coloco à disposição não somente para escrever, mas para ouvir cada um de vocês. Gratidão.
Cristiano Caiado De Acioli, advogado, ativista, profundo apaixonado pelo Brasil.
